Respeitável Público !!!!!!!!!!!!!!!!
Cufa, a Central Única das Favelas tem o prazer de apresentar o maior acontecimento da terra do Hip Hop: Circo Hutúz, com o espetáculo "O Mundo Mágico do Hip Hop"!!
Um espetáculo que faz parte do calendário cultural oficial da Cidade do Rio de Janeiro, transformando-a na capital mundial do Hip Hop, grande referência da cultura das favelas.
Sendo o circo uma reunião de artes diversas, no Circo Hutúz apresentamos a cultura hip hop que se manifesta através de seus quatro elementos: break, grafite, djs e Mcs, criando um espetáculo mágico aos olhos de quem sabe ver e sentir com a alma.
Há oito anos em cartaz este circo apresenta anualmente o que há de melhor e mais atual no hip hop internacional, e premia os melhores do Hip Hop nacional. Muitas vezes estes personagens são grandes malabaristas e trapezista do cotidiano periférico. Andam na corda bamba, na contra mão do riso e ainda assim fazem sorrir e arrancam aplausos efusivos de espectadores de todas as idades.
Quando o Dj solta a base, anuncia que o espetáculo começou. Agarrem-se com suas pipocas e refrigerantes pois o chão vai tremer! Para os ouvidos menos preparados a trilha sonora soa como o rugido de um leão, mas logo entram em cena os b.boys e b.girls, que dançando break são verdadeiros contorcionistas, donos de flexibilidade e técnica inacreditáveis.
Vêm então os mcs e tiram rimas de suas criativas cartolas.
Em nosso cenário o grafite tem destaque. Os artistas da cultura urbana desenham com seus sprays coloridos um picadeiro de sonhos. Retratam o mundo segundo suas experiências pessoais, segundo seus desejos. Aqui não é proibido criar.
O malabarismo fica por conta do basquete de rua e seus dribles e enterradas sensacionais que deixam a platéia em polvorosa.
Neste circo todos têm espaço para expor sua arte e suas idéias. Da mulher barbada ao palhaço sorridente, passando pelos cuspidores de fogo é claro!
Assim como o nariz de um palhaço representa os olhos, que por sua vez representam a alma, o Circo Hutúz representa a felicidade e as ilusões que o movimento hip hop se propõe a criar para se recriar a cada dia, como movimento vivo que é.
Que soem as trombetas e rufem os tambores! O Circo Hutúz chegou!!
terça-feira, outubro 31, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
Audiovisual da Cufa é apresentado aos universitários da PUC-Rio
por Joyce Santos
Os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa Cidade de Deus, Anderson Quak e Rodrigo Felha, estiveram na última sexta-feira (27/10) no auditório da PUC-Rio para uma conversa com alunos da disciplina de Comunicação Audiovisual da universidade. Houve a exibição de algumas produções da Cufa como os videoclipes “Ataque Verbal”, do grupo de rap Baixada Brothers e o ainda inédito “Já é”, de Cidinho e Doca. Os alunos da PUC assistiram também a trechos do documentário “Sou Quem Sou”, cujo DVD, uma parceria da Cufa com o Nós do Cinema e o Nós do Morro, será lançado em novembro. No debate, estiveram presentes os professores Patrícia Maurício, Lilian Saback e Ernani Ferraz.

A mesa, com as professoras da PUC-Rio Lilian Saback e Patrícia Maurício e os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa, Anderson Quak e Rodrigo Felha.

O interesse dos alunos percorreu desde questões sobre como o núcleo começou, até como se dá a relação e a percepção da comunidade com o trabalho audiovisual desenvolvido pela Cufa, dentro da Cidade de Deus. Anderson Quak e Rodrigo Felha falaram também sobre as dificuldades de produzir com baixo orçamento e as formas que encontram para superar estas limitações, citando exemplos de alguns dos mais de 15 filmes já realizados pela Cufa.
No auditório da PUC-Rio, alunos assitem a palestra sobre o audiovisual da Cufa.
Além disso, a conversa foi aprofundada com relação à temática social de como acontece e pode vir a acontecer uma integração produtiva entre o asfalto e a favela. Segundo Anderson Quak, é preciso que as ações tenham continuidade, para irem além de práticas e discursos assistencialistas. Ao final do encontro, a sugestão de uma das alunas de se realizar uma “Mostra Cufa” na PUC sinalizou o interesse para que seja estabelecida uma relação mais consistente. A idéia foi recebida com entusiasmo tanto pelos professores, quanto pelos coordenadores da Cufa. O primeiro passo já foi dado. A partir dele, um caminho pode ser trilhado, possibilitando um maior diálogo entre duas realidades que, ao contrário do que pode ser pensado, não se opõem, mas se complementam.
Os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa Cidade de Deus, Anderson Quak e Rodrigo Felha, estiveram na última sexta-feira (27/10) no auditório da PUC-Rio para uma conversa com alunos da disciplina de Comunicação Audiovisual da universidade. Houve a exibição de algumas produções da Cufa como os videoclipes “Ataque Verbal”, do grupo de rap Baixada Brothers e o ainda inédito “Já é”, de Cidinho e Doca. Os alunos da PUC assistiram também a trechos do documentário “Sou Quem Sou”, cujo DVD, uma parceria da Cufa com o Nós do Cinema e o Nós do Morro, será lançado em novembro. No debate, estiveram presentes os professores Patrícia Maurício, Lilian Saback e Ernani Ferraz.

A mesa, com as professoras da PUC-Rio Lilian Saback e Patrícia Maurício e os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa, Anderson Quak e Rodrigo Felha.

O interesse dos alunos percorreu desde questões sobre como o núcleo começou, até como se dá a relação e a percepção da comunidade com o trabalho audiovisual desenvolvido pela Cufa, dentro da Cidade de Deus. Anderson Quak e Rodrigo Felha falaram também sobre as dificuldades de produzir com baixo orçamento e as formas que encontram para superar estas limitações, citando exemplos de alguns dos mais de 15 filmes já realizados pela Cufa.

Além disso, a conversa foi aprofundada com relação à temática social de como acontece e pode vir a acontecer uma integração produtiva entre o asfalto e a favela. Segundo Anderson Quak, é preciso que as ações tenham continuidade, para irem além de práticas e discursos assistencialistas. Ao final do encontro, a sugestão de uma das alunas de se realizar uma “Mostra Cufa” na PUC sinalizou o interesse para que seja estabelecida uma relação mais consistente. A idéia foi recebida com entusiasmo tanto pelos professores, quanto pelos coordenadores da Cufa. O primeiro passo já foi dado. A partir dele, um caminho pode ser trilhado, possibilitando um maior diálogo entre duas realidades que, ao contrário do que pode ser pensado, não se opõem, mas se complementam.
terça-feira, outubro 17, 2006
2 a Mostra Livre de Animação Contemporânea
PREFEITURA DO RIO / CULTURAS apresenta no Centro Cultural Parque das Ruínas
mais de 80 filmes de animação nacionais e internacionais. DIAS 20, 21 e 22/10 (sexta, sábado e domingo) a partir das 19h (sessões inadequadas para menores de 16 anos). As sessões serão ao ar livre. Em caso de chuva as sessões acontecem na área interna e o procedimento para a distribuição de senhas será da seguinte forma: Metade das senhas (lotação total da sala 92 lugares) serão distribuídas a partir das 18h. O restante será reservado para distribuição sempre meia hora antes de cada sessão.Sessões infantis 21/10 sábado e 22/10 domingo às 11h as senhas serão distribuídas a partir das 10h para o mesmo dia. ENTRADA FRANCA
Centro Cultural Parque das Ruínas
Prefeitura do Rio / Culturas
aberto de terça a domingo das 8h às 20h
Rua Murtinho Nobre 169 - Santa Teresa
Tel 2252-1039
mais de 80 filmes de animação nacionais e internacionais. DIAS 20, 21 e 22/10 (sexta, sábado e domingo) a partir das 19h (sessões inadequadas para menores de 16 anos). As sessões serão ao ar livre. Em caso de chuva as sessões acontecem na área interna e o procedimento para a distribuição de senhas será da seguinte forma: Metade das senhas (lotação total da sala 92 lugares) serão distribuídas a partir das 18h. O restante será reservado para distribuição sempre meia hora antes de cada sessão.Sessões infantis 21/10 sábado e 22/10 domingo às 11h as senhas serão distribuídas a partir das 10h para o mesmo dia. ENTRADA FRANCA
Centro Cultural Parque das Ruínas
Prefeitura do Rio / Culturas
aberto de terça a domingo das 8h às 20h
Rua Murtinho Nobre 169 - Santa Teresa
Tel 2252-1039
domingo, outubro 08, 2006
Audiovisual da Cufa realiza parceria com Nós do Morro e Nós do Cinema
O projeto "Eleições 2000 e sempre" reunirá duas ficções e o documentário “Sou quem sou”, realizado pela Cufa
por Joyce Santos
Em parceria com o Nós do Morro e o Nós do Cinema para a produção de filmes com a temática das eleições nas comunidades, o Núcleo de Audiovisual da Cufa Cidade de Deus está produzindo o documentário “Sou quem sou”. A sinopse se desenvolve a partir da visão de três líderes comunitários influentes dentro de uma das maiores favelas do Brasil, a Cidade de Deus, onde vivem cerca de 120 mil habitantes.
A voz da comunidade da Cidade de Deus ecoa representada pelo rapper e fundador da Cufa, MV Bill. Como um dos nomes de maior expressão nacional na luta pela transformação social e cultural nas favelas, MV Bill consegue levar à Cidade de Deus o atual Presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Piri”, como é conhecido Cláudio Roberto de Jesus, consegue realizar projetos benéficos para a comunidade em aliança com políticos. Muitos que o vêem hoje obstinado em melhorar a qualidade de vida dos moradores não imaginam seu passado. Piri já esteve envolvido com o tráfico de drogas. Hoje, regenerado, é um exemplo positivo para todos. Da época do tráfico só restou uma seqüela devido a um tiro em sua perna.
“Doró” é o terceiro dos três personagens retratados pelo filme. Fundador e responsável por um dos melhores e maiores campos de futebol da comunidade, ele organiza um grande campeonato reunindo todos os complexos de favelas que constituem a Cidade de Deus.
Todos os líderes colocam em prática trabalhos sócio-culturais ocupando um espaço que por dever seria de responsabilidade dos governantes. Eles colocam suas posições sobre a política especificamente dentro da comunidade carente em ano eleitoral.
O objetivo do filme é promover a discussão a respeito da presença da política nas atividades sócio-culturais desenvolvidas dentro da comunidade, refletir sobre a postura dos políticos que valorizam a favela somente em momentos de interesse próprio, ou seja, no período eleitoral e abordar ainda a importância de uma educação política para estimular o voto consciente.
Tangolomango 2006
O lançamento de "Eleições 200 e sempre", cujo DVD contará também com o making of dos três curtas, vai acontecer em novembro próximo, na quinta edição do Tangolomango, no Rio de Janeiro. O evento multidisciplinar acontece anualmente e reúne a produção cultural de diversos projetos de comunidades do país. Cinema, artes plásticas, dança, teatro e música produzidos por estes novos atores sociais ganham um espaço próprio para mostrar ao público sua arte no Tangolomango em eventos simultâneos, a exposição Integração Urbana e a exibição de curtas-metragens.
“Sou Quem Sou”
Ficha Técnica
• Direção: Rodrigo Felha
• Direção Produção: Rafaela Baia
• Produção: Viviane Siqueira e Marcella Peçanha
• Produção Executiva: Anderson Quak e Dina Oliveira
• Câmera: Thiago Conceição
• Montagem e Edição: Rodrigo Felha e Thiago Conceição
por Joyce Santos
Em parceria com o Nós do Morro e o Nós do Cinema para a produção de filmes com a temática das eleições nas comunidades, o Núcleo de Audiovisual da Cufa Cidade de Deus está produzindo o documentário “Sou quem sou”. A sinopse se desenvolve a partir da visão de três líderes comunitários influentes dentro de uma das maiores favelas do Brasil, a Cidade de Deus, onde vivem cerca de 120 mil habitantes.
A voz da comunidade da Cidade de Deus ecoa representada pelo rapper e fundador da Cufa, MV Bill. Como um dos nomes de maior expressão nacional na luta pela transformação social e cultural nas favelas, MV Bill consegue levar à Cidade de Deus o atual Presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Piri”, como é conhecido Cláudio Roberto de Jesus, consegue realizar projetos benéficos para a comunidade em aliança com políticos. Muitos que o vêem hoje obstinado em melhorar a qualidade de vida dos moradores não imaginam seu passado. Piri já esteve envolvido com o tráfico de drogas. Hoje, regenerado, é um exemplo positivo para todos. Da época do tráfico só restou uma seqüela devido a um tiro em sua perna.
“Doró” é o terceiro dos três personagens retratados pelo filme. Fundador e responsável por um dos melhores e maiores campos de futebol da comunidade, ele organiza um grande campeonato reunindo todos os complexos de favelas que constituem a Cidade de Deus.
Todos os líderes colocam em prática trabalhos sócio-culturais ocupando um espaço que por dever seria de responsabilidade dos governantes. Eles colocam suas posições sobre a política especificamente dentro da comunidade carente em ano eleitoral.
O objetivo do filme é promover a discussão a respeito da presença da política nas atividades sócio-culturais desenvolvidas dentro da comunidade, refletir sobre a postura dos políticos que valorizam a favela somente em momentos de interesse próprio, ou seja, no período eleitoral e abordar ainda a importância de uma educação política para estimular o voto consciente.
Tangolomango 2006
O lançamento de "Eleições 200 e sempre", cujo DVD contará também com o making of dos três curtas, vai acontecer em novembro próximo, na quinta edição do Tangolomango, no Rio de Janeiro. O evento multidisciplinar acontece anualmente e reúne a produção cultural de diversos projetos de comunidades do país. Cinema, artes plásticas, dança, teatro e música produzidos por estes novos atores sociais ganham um espaço próprio para mostrar ao público sua arte no Tangolomango em eventos simultâneos, a exposição Integração Urbana e a exibição de curtas-metragens.
“Sou Quem Sou”
Ficha Técnica
• Direção: Rodrigo Felha
• Direção Produção: Rafaela Baia
• Produção: Viviane Siqueira e Marcella Peçanha
• Produção Executiva: Anderson Quak e Dina Oliveira
• Câmera: Thiago Conceição
• Montagem e Edição: Rodrigo Felha e Thiago Conceição
segunda-feira, julho 24, 2006
No ar, o Núcleo de Audiovisual da Cufa, estrelando a vinheta do Criança Esperança 2006
por Joyce Santos
730 projetos de todo Brasil foram analisados para receber os recursos do Criança Esperança em 2006. A Cufa está na lista dos 64 selecionados.
O trabalho social e cultural desenvolvido pela Cufa/CDD é destaque na vinheta do Criança Esperança 2006 que está no ar nos intervalos comerciais da Rede Globo de Televisão, desde a última quarta-feira, dia 21 de junho. A apresentadora Angélica esteve na Cidade de Deus, no dia 16, para gravar as cenas com integrantes do núcleo de audiovisual, projeto apoiado pelo Criança Esperança.

Uma das cenas do comercial gravado com o núcleo de audiovisual da Cufa/CDD.
A parceria com a Rede Globo e a Unesco perdura há mais de dois anos e já rendeu uma apresentação, em 2004, da Cia de Teatro da Cufa no show promovido anualmente pela emissora para a campanha de arrecadação do Criança Esperança.
Vinheta do Criança Esperança 2006 Cufa/CDD
730 projetos de todo Brasil foram analisados para receber os recursos do Criança Esperança em 2006. A Cufa está na lista dos 64 selecionados.
O trabalho social e cultural desenvolvido pela Cufa/CDD é destaque na vinheta do Criança Esperança 2006 que está no ar nos intervalos comerciais da Rede Globo de Televisão, desde a última quarta-feira, dia 21 de junho. A apresentadora Angélica esteve na Cidade de Deus, no dia 16, para gravar as cenas com integrantes do núcleo de audiovisual, projeto apoiado pelo Criança Esperança.

Uma das cenas do comercial gravado com o núcleo de audiovisual da Cufa/CDD.
A parceria com a Rede Globo e a Unesco perdura há mais de dois anos e já rendeu uma apresentação, em 2004, da Cia de Teatro da Cufa no show promovido anualmente pela emissora para a campanha de arrecadação do Criança Esperança.
Vinheta do Criança Esperança 2006 Cufa/CDD
A voz e a vez do morro
por Joyce Santos
A galera da Cufa/CDD marca presença na reportagem da Revista O Globo, do último domingo, 04 de junho, que retrata a força e a diversidade da produção artística que vem das favelas cariocas. A qualidade e inovação dos movimentos de dança, música, teatro e cinema que surgem nas periferias do Rio, superando as barreiras da pobreza e da violência, fazem com que personalidades como o cineasta Cáca Diegues apontem a arte dos morros como a grande novidade da cultura nacional.

Na reportagem, Anderson Quak, fundador da Cia. de Teatro da Cufa e coordenador do curso de audiovisual, fala de algumas de suas produções como o espetáculo adolescente “Papo Calcinha” e o documentário “Tu não tá sozinho não”, sobre o sambista Deny de Lima, e também da necessidade de democratização das salas de exibição para que os moradores da favela possam ter, de fato, acesso aos bens culturais.
- Ingresso de filme a R$18 não dá, ressalta Quak.
Nega Gizza diz que seu interesse por uma formação audiovisual veio da necessidade de ver uma outra realidade das favelas, que não apenas a mostrada pela visão “oficial”.
- Fico orgulhosa em ouvir de alguns dos nossos uma outra verdade, destaca Gizza.
Com muitos sonhos, criatividade e, principalmente, muito trabalho, a Cufa é um dos grupos que protagoniza esta virada da cena cultural do país. As palavras de Cacá marcam este momento, em que a favela mostra que chegou a vez de revelar por si própria a sua voz:
- Agora, são estes meninos que vão falar da vida deles, do que eles sentem desde que nascem na favela.
A galera da Cufa/CDD marca presença na reportagem da Revista O Globo, do último domingo, 04 de junho, que retrata a força e a diversidade da produção artística que vem das favelas cariocas. A qualidade e inovação dos movimentos de dança, música, teatro e cinema que surgem nas periferias do Rio, superando as barreiras da pobreza e da violência, fazem com que personalidades como o cineasta Cáca Diegues apontem a arte dos morros como a grande novidade da cultura nacional.

Na reportagem, Anderson Quak, fundador da Cia. de Teatro da Cufa e coordenador do curso de audiovisual, fala de algumas de suas produções como o espetáculo adolescente “Papo Calcinha” e o documentário “Tu não tá sozinho não”, sobre o sambista Deny de Lima, e também da necessidade de democratização das salas de exibição para que os moradores da favela possam ter, de fato, acesso aos bens culturais.
- Ingresso de filme a R$18 não dá, ressalta Quak.
Nega Gizza diz que seu interesse por uma formação audiovisual veio da necessidade de ver uma outra realidade das favelas, que não apenas a mostrada pela visão “oficial”.
- Fico orgulhosa em ouvir de alguns dos nossos uma outra verdade, destaca Gizza.
Com muitos sonhos, criatividade e, principalmente, muito trabalho, a Cufa é um dos grupos que protagoniza esta virada da cena cultural do país. As palavras de Cacá marcam este momento, em que a favela mostra que chegou a vez de revelar por si própria a sua voz:
- Agora, são estes meninos que vão falar da vida deles, do que eles sentem desde que nascem na favela.
Audiovisual da Cufa registra lançamento do livro Elite da Tropa
por Joyce Santos
A equipe do audiovisual da Cufa/CDD esteve presente no lançamento do livro Elite da Tropa, na última terça-feira (23/05), na livraria Armazém Digital de Botafogo, para produção de um vídeo de divulgação do livro.
Foram registrados os depoimentos de personalidades como o ator Wagner Moura, o documentarista José Padilha e o deputado Carlos Minc (PT-RJ). O antropólogo Luiz Eduardo Soares e o ex-membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) Rodrigo Pimentel, autores do livro em conjunto com o capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, também falaram sobre a obra, que expõe os bastidores das ações do grupo de elite que, aos poucos, se transformou em um temido esquadrão da polícia carioca.
Lançado pela editora Objetiva, Elite da Tropa, que já ocupa as primeiras posições no ranking dos mais vendidos, mostra, pela primeira vez, no Brasil, o lado desconhecido do combate diário, nas grandes cidades, sob o ponto de vista do policial, com seus hábitos, medos e desafios.
A partir de experiências reais, os autores criaram uma ficção, onde fatos e cenários foram reescritos em parte ou no seu todo. Os lugares e pessoas têm nomes fictícios, para preservação das identidades. Tal estratégia foi a forma encontrada para tornar possível as descrições impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite.
Na primeira parte, Elite da Tropa acompanha a rotina do policial ouvindo sua própria voz, seguindo seus passos, seu drama diário, que o leva a praticar a brutalidade extrema, por não se sentir regido pela legalidade constitucional, mas pelo imperativo da guerra. Na segunda, um dos personagens segue numa trama que envolve autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais, na articulação uma verdadeira rede de alianças improváveis.

Depois do trabalho, a equipe com Luiz Eduardo Soares.
A equipe do audiovisual da Cufa/CDD esteve presente no lançamento do livro Elite da Tropa, na última terça-feira (23/05), na livraria Armazém Digital de Botafogo, para produção de um vídeo de divulgação do livro.
Foram registrados os depoimentos de personalidades como o ator Wagner Moura, o documentarista José Padilha e o deputado Carlos Minc (PT-RJ). O antropólogo Luiz Eduardo Soares e o ex-membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) Rodrigo Pimentel, autores do livro em conjunto com o capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, também falaram sobre a obra, que expõe os bastidores das ações do grupo de elite que, aos poucos, se transformou em um temido esquadrão da polícia carioca.
Lançado pela editora Objetiva, Elite da Tropa, que já ocupa as primeiras posições no ranking dos mais vendidos, mostra, pela primeira vez, no Brasil, o lado desconhecido do combate diário, nas grandes cidades, sob o ponto de vista do policial, com seus hábitos, medos e desafios.
A partir de experiências reais, os autores criaram uma ficção, onde fatos e cenários foram reescritos em parte ou no seu todo. Os lugares e pessoas têm nomes fictícios, para preservação das identidades. Tal estratégia foi a forma encontrada para tornar possível as descrições impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite.
Na primeira parte, Elite da Tropa acompanha a rotina do policial ouvindo sua própria voz, seguindo seus passos, seu drama diário, que o leva a praticar a brutalidade extrema, por não se sentir regido pela legalidade constitucional, mas pelo imperativo da guerra. Na segunda, um dos personagens segue numa trama que envolve autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais, na articulação uma verdadeira rede de alianças improváveis.

Depois do trabalho, a equipe com Luiz Eduardo Soares.
quarta-feira, maio 24, 2006
CURSO AUDIOVISUAL
No início a Cufa costumava se reunir para discutir assuntos, os mais diversos possíveis.
Ao longo do tempo o grupo passou a focar as discussões em direção ao cinema e ao audiovisual de um modo geral, formando então em 2001 um pequeno grupo interessado em ampliar mais o conhecimento nesta área.
Este grupo se reunia todos os sábados com Miguel Vassy, em Brás de Pina na Favela “Cinco Bocas”.
Em 2002 as reuniões passam a acontecer no 2º andar da Cufa, em Madureira, com Dido na coordenação. Muitas vezes, por falta de espaço, nos reuníamos no próprio corredor da galeria, e ali travávamos as nossas primeiras discussões e aprendíamos os primeiros ensinamentos sobre cinema e audiovisual em geral.
Em 2003 o grupo começou a se formalizar um pouco mais.
Assistimos (para a maioria de nós, pela 1ª vez) obras que pautaram a história cinematográfica, desde “Nanoock”, “O Cão Andaluz”, “Encouraçado Potemkin”, “Noite Americana” até as mais recentes produções em curta-metragem, como “Bezerra da Silva”, “Família Tetra”, “Pixinguinha”, etc.
Foi nesse ano também que começamos a produzir alguns clipes (“Ataque Verbal” do Baixada Brothers; “Depressão” de Nega Gizza; “Dita” de Delano e “Tres da Madruga” de MV Bill).
Ao final, a turma apresentou vários projetos, sendo cinco deles eleitos para futuramente serem produzidos.
No ano de 2004 o curso é finalmente batizado: C.A.V.
Cacá Diegues dá a aula inaugural, ainda em Madureira. O curso prossegue todos os sábados com aulas teóricas, respaldado por um grande time de cineastas: Joel Zito, João M. Salles, Eduardo Coutinho, Silvio Tendler, e outros mestres como Julio César Tavares, José Carlos Avellar, Ivana Bentes, Luiz Erlanger, Rafael Dragaud, Jorge Coutinho, Consuelo Lins, Felipe Muanis, Ângela Sander, etc.
A professora Tereza Gonzalez oferece ao CAV uma parceria de estágio com a produtora de Cacá Diegues, a Luz Mágica. Alguns alunos foram selecionados para usufruir daquela oportunidade.
Fazemos a nossa 1ª formatura em dezembro no Sesc/Madureira, com a projeção do curta “O Segredo”, produzido pelos alunos.
Nesta ocasião o curso ganhou a capa do segundo caderno de O Globo, alavancando o curso do ano seguinte.
Em 2005, com noventa e seis alunos, nos mudamos para a base da Cufa na Cidade de Deus. Novamente Cacá Diegues profere a aula inaugural.
O corpo docente do CAV continua de primeira e, além dos professores do ano anterior, recebemos também Caetano Veloso, Flora Gil, Beth Ritto, Andréa França, Jose Wilker, Luciano Huck, Hermano Vianna, etc.
Mais uma vez Tereza Gonzalez confirma a parceria entre Cufa e Luz Mágica: quatro alunos do curso são selecionados para trabalharem como estagiários na produção do mais recente filme de Cacá, “O Maior Amor do Mundo”.
Beth Ritto dá duas aulas de projeto e planeja com a turma a continuidade do trabalho para o ano seguinte.
Rafael Dragaud, nosso mestre em roteiro, orienta a turma na evolução de uma história até tornar-se um roteiro, evoluindo finalmente para um curta: “Arroz com Feijão”, produzido pela Cufa e co-produzido pelo Canal Brasil.
Neste ano de 2005 a turma apresentou seis produções em audiovisual, expostas em nossa formatura no final do ano no Espaço Cultural Cidade de Deus, sendo uma delas, “Pra Nós, o Maior Cinesta do Mundo”, dedicada ao patrono da turma, Cacá Diegues, que foi homenageado com depoimentos de colegas como Beth Farias, Lucy e Luiz Carlos Barreto, João Ubaldo, e de seus familiares.
Neste ano de 2006 o CAV continua com toda a força!
Em breve vocês terão mais notícias nossas.
Até lá!
Por Elza Ibrahim
Ao longo do tempo o grupo passou a focar as discussões em direção ao cinema e ao audiovisual de um modo geral, formando então em 2001 um pequeno grupo interessado em ampliar mais o conhecimento nesta área.
Este grupo se reunia todos os sábados com Miguel Vassy, em Brás de Pina na Favela “Cinco Bocas”.
Em 2002 as reuniões passam a acontecer no 2º andar da Cufa, em Madureira, com Dido na coordenação. Muitas vezes, por falta de espaço, nos reuníamos no próprio corredor da galeria, e ali travávamos as nossas primeiras discussões e aprendíamos os primeiros ensinamentos sobre cinema e audiovisual em geral.
Em 2003 o grupo começou a se formalizar um pouco mais.
Assistimos (para a maioria de nós, pela 1ª vez) obras que pautaram a história cinematográfica, desde “Nanoock”, “O Cão Andaluz”, “Encouraçado Potemkin”, “Noite Americana” até as mais recentes produções em curta-metragem, como “Bezerra da Silva”, “Família Tetra”, “Pixinguinha”, etc.
Foi nesse ano também que começamos a produzir alguns clipes (“Ataque Verbal” do Baixada Brothers; “Depressão” de Nega Gizza; “Dita” de Delano e “Tres da Madruga” de MV Bill).
Ao final, a turma apresentou vários projetos, sendo cinco deles eleitos para futuramente serem produzidos.
No ano de 2004 o curso é finalmente batizado: C.A.V.
Cacá Diegues dá a aula inaugural, ainda em Madureira. O curso prossegue todos os sábados com aulas teóricas, respaldado por um grande time de cineastas: Joel Zito, João M. Salles, Eduardo Coutinho, Silvio Tendler, e outros mestres como Julio César Tavares, José Carlos Avellar, Ivana Bentes, Luiz Erlanger, Rafael Dragaud, Jorge Coutinho, Consuelo Lins, Felipe Muanis, Ângela Sander, etc.
A professora Tereza Gonzalez oferece ao CAV uma parceria de estágio com a produtora de Cacá Diegues, a Luz Mágica. Alguns alunos foram selecionados para usufruir daquela oportunidade.
Fazemos a nossa 1ª formatura em dezembro no Sesc/Madureira, com a projeção do curta “O Segredo”, produzido pelos alunos.
Nesta ocasião o curso ganhou a capa do segundo caderno de O Globo, alavancando o curso do ano seguinte.
Em 2005, com noventa e seis alunos, nos mudamos para a base da Cufa na Cidade de Deus. Novamente Cacá Diegues profere a aula inaugural.
O corpo docente do CAV continua de primeira e, além dos professores do ano anterior, recebemos também Caetano Veloso, Flora Gil, Beth Ritto, Andréa França, Jose Wilker, Luciano Huck, Hermano Vianna, etc.
Mais uma vez Tereza Gonzalez confirma a parceria entre Cufa e Luz Mágica: quatro alunos do curso são selecionados para trabalharem como estagiários na produção do mais recente filme de Cacá, “O Maior Amor do Mundo”.
Beth Ritto dá duas aulas de projeto e planeja com a turma a continuidade do trabalho para o ano seguinte.
Rafael Dragaud, nosso mestre em roteiro, orienta a turma na evolução de uma história até tornar-se um roteiro, evoluindo finalmente para um curta: “Arroz com Feijão”, produzido pela Cufa e co-produzido pelo Canal Brasil.
Neste ano de 2005 a turma apresentou seis produções em audiovisual, expostas em nossa formatura no final do ano no Espaço Cultural Cidade de Deus, sendo uma delas, “Pra Nós, o Maior Cinesta do Mundo”, dedicada ao patrono da turma, Cacá Diegues, que foi homenageado com depoimentos de colegas como Beth Farias, Lucy e Luiz Carlos Barreto, João Ubaldo, e de seus familiares.
Neste ano de 2006 o CAV continua com toda a força!
Em breve vocês terão mais notícias nossas.
Até lá!
Por Elza Ibrahim