segunda-feira, julho 24, 2006

No ar, o Núcleo de Audiovisual da Cufa, estrelando a vinheta do Criança Esperança 2006

por Joyce Santos

730 projetos de todo Brasil foram analisados para receber os recursos do Criança Esperança em 2006. A Cufa está na lista dos 64 selecionados.

O trabalho social e cultural desenvolvido pela Cufa/CDD é destaque na vinheta do Criança Esperança 2006 que está no ar nos intervalos comerciais da Rede Globo de Televisão, desde a última quarta-feira, dia 21 de junho. A apresentadora Angélica esteve na Cidade de Deus, no dia 16, para gravar as cenas com integrantes do núcleo de audiovisual, projeto apoiado pelo Criança Esperança.



Uma das cenas do comercial gravado com o núcleo de audiovisual da Cufa/CDD.



A parceria com a Rede Globo e a Unesco perdura há mais de dois anos e já rendeu uma apresentação, em 2004, da Cia de Teatro da Cufa no show promovido anualmente pela emissora para a campanha de arrecadação do Criança Esperança.

Vinheta do Criança Esperança 2006 Cufa/CDD

A voz e a vez do morro

por Joyce Santos

A galera da Cufa/CDD marca presença na reportagem da Revista O Globo, do último domingo, 04 de junho, que retrata a força e a diversidade da produção artística que vem das favelas cariocas. A qualidade e inovação dos movimentos de dança, música, teatro e cinema que surgem nas periferias do Rio, superando as barreiras da pobreza e da violência, fazem com que personalidades como o cineasta Cáca Diegues apontem a arte dos morros como a grande novidade da cultura nacional.



Na reportagem, Anderson Quak, fundador da Cia. de Teatro da Cufa e coordenador do curso de audiovisual, fala de algumas de suas produções como o espetáculo adolescente “Papo Calcinha” e o documentário “Tu não tá sozinho não”, sobre o sambista Deny de Lima, e também da necessidade de democratização das salas de exibição para que os moradores da favela possam ter, de fato, acesso aos bens culturais.
- Ingresso de filme a R$18 não dá, ressalta Quak.

Nega Gizza diz que seu interesse por uma formação audiovisual veio da necessidade de ver uma outra realidade das favelas, que não apenas a mostrada pela visão “oficial”.
- Fico orgulhosa em ouvir de alguns dos nossos uma outra verdade, destaca Gizza.

Com muitos sonhos, criatividade e, principalmente, muito trabalho, a Cufa é um dos grupos que protagoniza esta virada da cena cultural do país. As palavras de Cacá marcam este momento, em que a favela mostra que chegou a vez de revelar por si própria a sua voz:
- Agora, são estes meninos que vão falar da vida deles, do que eles sentem desde que nascem na favela.

Audiovisual da Cufa registra lançamento do livro Elite da Tropa

por Joyce Santos

A equipe do audiovisual da Cufa/CDD esteve presente no lançamento do livro Elite da Tropa, na última terça-feira (23/05), na livraria Armazém Digital de Botafogo, para produção de um vídeo de divulgação do livro.

Foram registrados os depoimentos de personalidades como o ator Wagner Moura, o documentarista José Padilha e o deputado Carlos Minc (PT-RJ). O antropólogo Luiz Eduardo Soares e o ex-membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) Rodrigo Pimentel, autores do livro em conjunto com o capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, também falaram sobre a obra, que expõe os bastidores das ações do grupo de elite que, aos poucos, se transformou em um temido esquadrão da polícia carioca.

Lançado pela editora Objetiva, Elite da Tropa, que já ocupa as primeiras posições no ranking dos mais vendidos, mostra, pela primeira vez, no Brasil, o lado desconhecido do combate diário, nas grandes cidades, sob o ponto de vista do policial, com seus hábitos, medos e desafios.

A partir de experiências reais, os autores criaram uma ficção, onde fatos e cenários foram reescritos em parte ou no seu todo. Os lugares e pessoas têm nomes fictícios, para preservação das identidades. Tal estratégia foi a forma encontrada para tornar possível as descrições impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite.

Na primeira parte, Elite da Tropa acompanha a rotina do policial ouvindo sua própria voz, seguindo seus passos, seu drama diário, que o leva a praticar a brutalidade extrema, por não se sentir regido pela legalidade constitucional, mas pelo imperativo da guerra. Na segunda, um dos personagens segue numa trama que envolve autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais, na articulação uma verdadeira rede de alianças improváveis.



Depois do trabalho, a equipe com Luiz Eduardo Soares.