segunda-feira, setembro 17, 2007
Felipe Muanis - Diretor de arte e Ilustrador com a palavra.
O que eu acho ser o mais importante na direção de arte:
O mais importante para o filme e principalmente para a direção de arte é amarrar bem um CONCEITO. É fundamental que o diretor de arte, em acordo com o diretor e o fotógrafo, principalmente, elaborem o conceito estético do filme, seus tons, suas referências, para que todo o trabalho caminhe coeso na mesma direção e para que a equipe de arte - figurinista, maquiadora, cabelereira, efeitista, contra-regra - possam seguir as mesmas indicações e o filme "falar" a mesma língua. Com isso o resultado se mostrará homogêneo e coerente, com a interligação dos departamentos, um complementando o outro, em torno de uma mesma concepção estética.
Comunidade Audiovisual 2006
cufacdd audiovisual2007
www.orkut.com.community.aspx?cmm=38676757
Programe-se
Dom.07/10- 09 às 12-Juros.
Sáb.13/10- 10 às 14-Câmera com Olie.
Dom.20/10- 09 às 12- Áudio (Bem Hum)
13 às 18- Cinema utópico de Walter Salles( Sergio Mota)
Sáb.27/10- 09 às 12- Áudio (Bem Hum)
12:30 às 14:30- Salário; Benefícios; Tributos.
15 às 18 - Direção de artes com Felipe Muanis.
Dom.28/10- 09 às 12- Direito do Consumidor; Responsabilidade Social.
Espaço Aberto!!!
Edmar da Costa Barros
A aula do curso de audiovisual foi muito proveitosa. O professor é muito experiente e soube como passar os seus conhecimentos. Além de dar atenção aos assuntos e abrir oportunidade para os alunos se expressar e tirar dúvidas.
A organização abriu a oportunidade para mais dois alunos do curso participem do grupo e propôs aos alunos do curso que participassem mais, dando sugestão e reclamações. Esta atitude democrática da direção só reforça o compromisso do audiovisual de se aproximar dos alunos e aproveitar seus conhecimentos. Afinal, o curso não é só da Cufa. Mas, também é dos alunos.
segunda-feira, setembro 10, 2007
FESTIVAL CINECUFA
De 4 a 16 de Setembro acontece no CCBB a 1ª edição internacional do Cinecufa, mostra de filmes produzidos por periferias de todo o mundo. Promovido pela Central Única das Favelas, o evento tem como pontos principais fornecer um espaço aos independentes e movimentar o circuito alternativo. Afinal, a periferia já cansou de ser coadjuvante de sua história. Chegou a hora dela ser protagonista e mostrar seu ponto de vista da realidade. A abertura do evento foi na segunda-feira (03/09) e nossa equipe esteve lá. Personalidades da Sétima Arte, como os cineastas Joel Zito Araújo (“Filhas do Vento”-2004) e Cacá Diegues (“Orfeu”- 1999) estavam presentes para prestigiar o evento.
- A Cufa foi um dos pilares do desenvolvimento desse cinema que está surgindo nas periferias das metrópoles brasileiras. E a grande novidade que vai mudar o futuro do cinema brasileiro é esse cinema que virá das periferias, com seus autores, seus pensamentos, suas novas estéticas e seu testemunho muito peculiar. A Cufa é uma das principais responsáveis por isso – disse Cacá.
Iniciou-se o evento com as curadoras Vanessa Almeida e Joyce Santos fazendo um breve relato do projeto. Em seguida, depoimentos de pessoas que contribuíram de alguma forma com a história da Cufa foram exibidos no telão. Caetano Veloso, Gustavo Mello, Monique Gardenberg, Joel Zito Araújo e Mary Sheila deixaram seus recados e levaram a galera ao delírio. Apesar da timidez, Vanessa falou sobre a perspectiva de movimentos do gênero:
- É um espaço que nós precisamos. Sabemos o quanto é complicado os filmes feitos pela periferia entrarem em um circuito padrão. Então sempre temos que tentar entrar nos circuitos alternativos. Nossa intenção, é que um dia, festivais como esse deixem de ser alternativos e passem a fazer parte da cena tradicional do cinema brasileiro.
A festa foi regida pelo hip-hop. E o DJ Marcelinho da Lua também deu o ar de sua graça no lançamento da mostra, sacudindo os esqueletos da galera com muito som de qualidade. Um dos coordenadores do núcleo de audiovisual da Cufa, Anderson Quak explicou a importância do festival para a periferia:
- Estamos dando dois passos largos. O primeiro é que saímos da teoria e partimos para prática. E o segundo é que da prática partimos para a exibição, que é um outro gargalo que nós tínhamos na periferia.
MV Bill, um dos idealizadores da Cufa e produtor do documentário Falcão- Meninos do Tráfico, estava lá, óbvio. Celso Athayde também. Sobre a implantação da TV Digital no Brasil, já no final desse ano, Bill se mostrou na defensiva no que diz respeito a um possível espaço para o cinema de periferia.
- Acho que isso vai depender de muita coisa. Ter a TV Digital estreando no Brasil não quer dizer que haverá a sensibilidade para as pessoas como nós. Se nós não nos atentarmos e não nos mobilizarmos, corre-se o risco de uma grande solução (TV Digital) virar uma frustração porque ela vai acabar sendo elitizada como todo o resto. Tem que haver mais atitude interna também e não ficar esperando o governo federal ou quem quer que seja vir nos convidar. Temos que nos sentir já parte do processo ou senão, vamos ficar de fora, como tudo que acontece de bom no Brasil – salientou o rapper.
O clima da festa estava ótimo. Gente bonita e consciente de seu papel. As sessões do Cinecufa serão às 17h e 19h (algumas seguidas por debates). Haverá distribuição de senhas 30 minutos antes das exibições. E divirtam-se com a Mostra Especial, na Sala de Vídeo, com sessões diárias às 16h e 18h. Para obter outras informações, acesse o site http://www.cinecufa.com.br/. Parabéns CUFA! Sempre fazendo do nosso jeito!
Por Robson Santos